Novo mercado de design

Projeto Gráfico do livro de Mana Bernardes

Uma das rodas de conversa do Festival Movimento HotSpot, em Salvador, será com a curadora da categoria Design Gráfico, Mariana Ochs. Com larga experiência na interseção entre branding e design de conteúdo, ela vai falar sobre o papel do designer nesse novo mercado, na qual o profissional teve ter uma atuação multidisciplinar.

“Tanto a profissão como o mercado de design gráfico vêm sofrendo profundas alterações na era da economia digital e da sociedade em rede – o que muitos chamam de era pós-industrial. O designer tem a seu alcance os meios de produção, não só de criação – o “designer-como-produtor”, aquele que leva sua criação diretamente para o mercado, é uma realidade cada vez mais comum”, conta a designer. “Os jobs estão cada vez mais multidisciplinares, por uma mudança nas plataformas de distribuição e o surgimento dos conteúdos multimídia, mas também pela mudança da definição do que é o design e que papel ele pode ter na sociedade.”

Formada na Parsons School of Design em Nova York,  fundou seu escritório especializado em design editorial e já assinou projetos editoriais no Brasil, EUA e Canadá como as revistas Esquire, Premiere, Popular Science, além das brasileiras Vogue, Casa Vogue e Carta Capital.

Diante de tantas mudanças na postura do profissional e nas ferramentas de trabalho, ela enumera as novidades por que passa o design gráfico:

 1. Ampliação da formação

“Em primeiro lugar vejo uma enorme multiplicação das possibilidades de aprendizado e formação fora da educação formal – a web está cheia de palestras, seminários e fóruns de design onde diariamente há algo novo para se aprender. No lugar dos livros de antigamente, caros e escassos, temos a realidade dinâmica e abrangente dos blogs, onde é possível travar contato com a produção e o pensamento dos melhores designers no mundo todo. “

2. Uso de ferramentas

“Também na web, temos uma explosão dos insumos de qualidade – fontes digitais, fotografias e ilustrações – com os quais enriquecer o nosso trabalho, e inúmeros sites onde é possível obter treinamento para utilizar as ferramentas digitais.”

3.  Plataformas digitais

“As plataformas digitais e móveis já se estabeleceram como o grande território de circulação de conteúdo – então dificilmente alguém fará um projeto de design ou construção de marca que não tenha sua expressão também em sites, tablets ou smartphones. É preciso entender como trabalhar também para essas plataformas.”

Esta será a primeira vez que Mariana participará de um festival e está animada bastante animada. “Os Festivais nos dão a oportunidade de travar contato com o mercado criativo de todas as regiões do país, nas várias áreas da criação. É uma oportunidade única de troca de idéias, de inspiração e de networking, tanto para os participantes quanto para nós, curadores.”, comenta. “Além disso, tenho muita curiosidade em conhecer os indivíduos por trás dos projetos de que mais gostamos.“

Capa do CD de Djavan

Projeto Gráfico Revista FFW_Mag!

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