Troncos de arte

Quando setembro chegar, Hugo França vai deixar seu ateliê em Trancoso, na Bahia para se trabalhar em Nova York. O engenheiro recebeu um convite do prefeito Michael Bloomberg para transformar em mobiliário as árvores que caem pela cidade.

Quem conhece o trabalho de França, sabe que sua arte consiste em transformar troncos, principalmente de pequi, em bancos e outros objetos. No Brasil, suas peças são conhecidas principalmente por causa de Inhotim, que tem 140 exemplares distribuídos entre as obras de arte contemporânea.

O projeto inicial foi encaminhada a prefeitura de Nova York pelos representantes da galeria R 20 Century , quatro anos antes e não obteve resposta. Há dois anos, Bloomberg veio a São Paulo em 2011, conheceu um dos bancos do designer no Parque do Ibirapuera, comprou um para sua casa e desengavetou o projeto para os parques de Nova York.

França agora tem a disposição US$ 1 milhão para por em prática sua ideia de reutilização dos materiais. O objetivo é criar de 5 a 10 novas peças.

Por aqui, na mesma época, quando ele estiver a caminho da Big Apple, o Instituto Tomie Ohtake deve abrir uma exposição com suas peças. Lá, em especial, serão exibidos os “casulos”, troncos em que, como indica o nome da peça, pode-se entrar.

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