Cascina Cuccagna é um dos projetos apoiados pelo Centro Politécnico de Milão
“Design é uma ferramenta para a criatividade”. Assim Arianna Vignati, definiu a linha de condução dos projetos implantados pelo Centro Politécnico de Milão, da qual é uma das pesquisadoras.
Durante o CRIo – Festival Internacional de Criatividade que aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro, ela apresentou cases onde mostra uma nova abordagem na ocupação dos espaços públicos. “ Antes de mais nada, temos de entender o código genético do território”, afirma.”Depois, sugerir e propor soluções a partir das necessidades das pessoas”.
Foi assim que surgiu o Nutrire Milano, um amplo projeto de aproximação da área rural e urbana da cidade com a produção de produtos orgânicos e outros serviços. Com a sua implantação, houve uma revitalização do parque agrícola situado ao sul de Milão e uma maior integração com a cidade. Toda a semana, a cidade é abastecida com “La casseta del contadino”, com os produtos frescos da estação. Além disso, as fazendas estão abertas para que as pessoas possam fazer piquiniques usando a infra-estrutura e a comida do local. Uma outra atividade proposta é a possibilidade de vivenciar toda a atividade agrícola sendo agricultor por um dia.
A venda de produtos orgânicos também acontece em um outro projeto de revitalização de um outro espaço público. Desta vez, na Cascina Cuccagna, a mais antiga casa de fazenda localizada no centro de Milão, datada de 1695. Além da feira semanal, a construção, que foi totalmente reformada seguindo os preceitos de Eco Bulding, abriga atividades culturais e se tornou um ponto de encontro da comunidade para a construção de novos negócios.
O Centro Politécnico de Milão ainda oferece uma linha de mobiliário urbano modulável que se adapta às necessidades locais. Além de pontos de ônibus, bancos de praças, relógios feitos com materiais recicláveis de diversos tamanhos e formas, há ainda softwares de segurança e iluminação inteligente. Para a implantação dos projetos, formam-se parcerias com os setores público e privado. “Mas sempre com um abordagem criativa”, assegura Arianna.