O grafitti invadiu o Museu Metropolitano de Arte, após a reforma e revitalização do Portão Cultural, em Curitiba. A exposição “Monstros” reúne obras produzidas por dez artistas que desenvolvem propostas conjuntas desde 2008.
Eles foram selecionados pela Fundação Cultura de Curitiba e ficam em cartaz até 13 de janeiro de 2013. A curadoria foi feita por Tatiana Alves tendo a figura do monstro como ponto de partida.
O grupo, nesta coletiva, faz uso de grandes dimensões, desproporções psicodélicas, figuras bucólicas ou paisagens míticas, representando um combate ao excesso de imagens atual e apresentando referências a cultura popular com convite a reflexões sobre o fazer artesanal.
Compõem a exposição:
Anthony Nathan (Aus)
Com raízes nas subculturas do skate e graffiti, atua como artista e designer, geralmente misturando esses dois universos. Seja nos muros de Curitiba, que experimenta a mais de onze anos, ou em estampas para marcas independentes, suas formas, letras geométricas e paleta de cores são facilmente reconhecidas e admiradas. É o idealizador do projeto de streetwear e arte Novedez.
Árvore
Chamam-no de Tri, mas assina “Árvore” e rabisca desde 2001. Através de um traço forte e determinado, reflete o ímpeto que impõem as suas tags, envolve seus personagens em cenas que refletem as inconsequências juvenis, seu cotidiano, as máscaras sociais, a falta de compaixão, o feio; o que representa para ele um tipo de contraste entre as idealizações e o que o graffiti revela.
Deivid R. aka, Heal
Em 1998, na Vila Autódromo do Cajuru, fez suas primeiras inserções ‘pixando’ o nome da gang “Turma da Cros”. Porém foi no bairro Sitio Cercado, em 1999, que se envolveu intensamente com o graffiti, o que fez com que hoje estude Artes Visuais. Depois de participar, em 2005, do Fórum Social Mundial, iniciou forte envolvimento com projetos sociais e de pesquisa na área da arte educação, que mantém até hoje.
JTG
A carreira artística começou em 1998 com pinturas nos muros. Sua passagem pela Belas, em 2001, incitou experimentações que combinam graffiti com técnicas de ilustração, colagem e pintura em tela. Depois a sucata e o material encontrado passam a participar de suas obras, assim realizando diversas exposições em Curitiba, três na Lituânia e uma em Berlim. Seus trabalhos têm ilustrado publicações reconhecidas.
Marciel Conrado
Em seus recentes trabalhos, apresenta um olhar sobre a cidade e seus personagens anônimos, metáforas sobre tempo e memória. Sugere uma interação difícil entre arquitetura e seus habitantes, tentativas de equilíbrio entre viver e sobreviver. Em linhas fluidas, da forma ao imaginário, perde/encontra-se no gesto. Ilustra para jornais, livros e revistas e faz projeto gráfico para o MON.
Paulo Auma
Desenha quadrinhos desde criança e produziu o Zine Matéria Base em 1990, com a história “Caçador de Recompensa”, exposto no Encontro Internacional de Fanzines de Curitiba. É graduado em Artes Plásticas (FAP- 1996) e, em 2002, adotou a assinatura de Auma, passando a participar de encontros, exposições, pinturas de painéis, campanha de publicidade e projetos junto a construtoras, a COHAB e pela Lei de Incentivo.
Porquê
Nascido em 1986, Paulo Freitas de Medeiros tem desenhos guardados a partir de 1991. Aos 9 anos entra no Centro Juvenil de Artes Plásticas e faz outros pequenos cursos, como de história em quadrinhos, ofertado na Biblioteca Pública do Paraná. Teve contato com grafite já no ensino fundamental, mas começa a ser realmente reconhecido em 2003. Hoje tem o graffiti como principal meio de produção.
Sílvio Rodolfo
Nasceu em São José dos Campos (SP) e, desde a adolescência, reside na região metropolitana de Curitiba. Fez várias exposições coletivas e três individuais, além de prêmios em salões. O ingresso a esse universo se deu por livros, em casa, e pelo skate, com o qual se aventurou na rua achando picos e intervindo no espaço urbano. Graduado em Pintura, frequentou também os ateliês de gravura do Solar do Barão.
Thiago Syen
Iniciou sua trajetória como artista em 1997, após conhecer o graffiti. Depois disso, conheceu as técnicas de xilogravura, litografia, encadernação e desenho no Centro de Criatividade de Curitiba e estudou gravura em metal no Solar do Barão. Participou de inúmeras exposições em Curitiba, no Brasil e uma no exterior. Também desenvolve trabalhos como educador de artes, seja em oficinas ou como professor.
Sempre Cimples
Seu despertar aconteceu junto à vinda do graffiti na Curitiba de 1994. Nas paredes da cidade iniciou sua formação e nelas a expressão que sua arte primeiro escolheu. Sua intensa atividade o levou a múltiplas fontes de formação e linguagens. Atua simultaneamente nas áreas do design, graffiti e artes visuais. Tem participado de várias exposições coletivas e individuais, locais e nacionais.
Serviço:
Ingresso: gratuito
Data(s): 22/11/2012 a 10/03/2013 – 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, sábado e domingo
Horário(s): 10h às 19h
Espaço Cultural: Mus