Depois de percorrer o Brasil na fase dos scoutings, o Movimento HotSpot põe, de novo, o pé na estrada e começa 2013 com a realização de festivais em 10 capitais. Será a grande oportunidade do público conhecer de perto 225 projetos selecionados que saem do mundo digital e ganham uma exposição nacional.
Em cada um dos eventos, os trabalhos de moda, design, fotografia, beleza, arquitetura, cenografia, design gráfico, filme e vídeo, ilustração e música serão parte do conteúdo de uma exposição itinerante e serão mostrados em sinergia. Além disso, enquanto acontecem os festivais, os 79 selecionados na categoria Ideia vão poder detalhar o conceito de seu trabalho para um grupo de avaliadores convidados, em sessões privadas, para proteger a propriedade intelectual dessas propostas.
“Quando desenhamos o projeto do Movimento HotSpot, uma das nossas metas era tanto buscar como expor a diversidade cultural e criativa brasileira vencendo as dimensões culturais do nosso País. Nossa riqueza e pluralidade é um desafio para o brasileiro “se conhecer” e queremos tanto mostrar, como aproximar os diversos “brasis” que temos no Brasil. Daí a proposta de viajarmos por diversas capitais passando por todas as nossas regiões”, comenta o idealizador Paulo Borges.
Para Speto, curador da categoria ilustração é muito importante essa possibilidade do encontro de quem acreditou no MHS dos dois lados: organização/curadores e artistas que se inscreveram. “Os encontros ampliam o poder de criação das pessoas. Há uma troca de energia que abre espaço para o novo, para o inesperado e deixa aflorar o que cada um tem de melhor”, comenta o artista. “É uma fase muito corajosa e também uma forma de homenagear os participantes, principalmente porque estamos saindo de eixo Rio-São Paulo e ampliando os horizontes dos criativos de todo o Brasil”.
Borges acredita que o MHS será uma grande vitrine para esses jovens. “À medida que expomos os trabalhos selecionados por um grupo de curadores do mercado é nosso desejo sensibilizar lideranças regionais para que esses talentos sejam incentivados com perspectiva, apoio e todas as formas possíveis de investimento. Lideranças locais, empresários, administradores, governo terão o papel de nutrir esses talentos com fomento e incentivo”, comenta.
Além da exposição itinerante, cada festival será marcado por algum tipo de intervenção urbana (grafite, mobiliário urbano, flash mob), que vai, em cada capital, se apropriar e interagir com diferentes linguagens e símbolos imateriais da cultura regional. Também haverá uma programação particular de palestras, shows e encontros.
“Temos como objetivo, a partir desse projeto, favorecer a construção de uma comunidade criativa e o surgimento do novo. Cada vez mais a inovação surge a partir da troca entre diversas áreas e saberes, e da possibilidade de ampliar espaços de experimentação e colaboração. O caráter transversal que o MHS colabora nesse sentido, abrangendo tantas áreas da criatividade e dando um espaço concreto para o reconhecimento do valor intangível que reside nas ideias”, reafirma Graça Cabral, diretora do IN-MOD (Instituto Nacional de Moda e Design), responsável pelo Movimento HotSpot.
E como todo o projeto desta envergadura, esse é só o começo. Rogério Hideki, curador da categoria Design Gráfico vislumbra o futuro: “Muitos dos resultados plantados nesta primeira edição, só serão vistos a longo prazo. O que estamos mostrando agora pode ter um tempo de maturação para ser conhecido e reconhecido como tudo na vida”.
Que 2013 seja um ano de grandes colheitas!