A batida do maracatu

O segundo dia do Festival Movimento HotSpot, em Belo Horizonte, começou ao som do maracatu. O “Baque de Mina” se reuniu na entrada do Museu Inamá de Paula e seguiu em cortejo rumo a Savassi e a Praça da Liberdade, no Memorial Minas Gerais Vale

O grupo formado só de mulheres tem apenas sete meses de vida, mas já anda fazendo barulho na capital mineira. No comando, está o musicista Celso Soares Corisco que há 12 anos estuda os ritmos do nordeste entre eles o maracatu de baque virado. Trabalhou por anos com a turma do “Trovão de Minas” e também com músicos em Paris, onde fundou o “Tamaracá”.

“No começo deste ano, tive a ideia de juntar mulheres que tocava percussão e outras que queriam aprender e nasceu o “Baque de Mina”, conta ele. “O toque feminino foi fundamental para o sucesso. Elas são dedicadas, atenciosas, interessadas em aprender e se aprimorar”.

Com tantos elogios às meninas, em um primeiro momento, Corisco optou por convidar homens para dançar fantasiados de mulheres representado a corte com rei e rainha que acompanha os desfiles de maracatu. “Era uma forma de subverter um pouco a ordem das coisas, de provocar, de fazer uma sátira aproveitando desta inversão de papéis”, comenta. “Agora, a formação ficou as mulheres com a música e os homens na dança, mas de cara limpa”.

O mulherada,  que no total chega a 60, ensaia três vezes por semana no Mercado das Borboletas e vem se apresentando nas ruas e em casas de shows da cidade. Por lá, também são ministradas palestras e oficinas como da Nação Estrela Brilhante que participou esta manhã do cortejo.

Na Savassi, o batuque se juntou a arte de Léo Pilo em uma grande celebração e da preservação da natureza em torno da intervenção VIrus 880, feita com sacolas de plástico.

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