Caminhos para empreender

Imagine sua empresa na capa de uma revista, como destaque de um prêmio, com chamadas em sites e até você dando entrevistas em programas de TV? Para chegar ao sucesso, o caminho do empreendedor é longo. Mas essa técnica de criar o futuro é uma das muitas disponíveis para quem quer começar.

Se a questão é como, há vários programas e entidades espalhadas ao redor do mundo para dar uma mãozinha. Durante o CRio, Festival Internacional de Criatividade, que aconteceu o mês passado, no Rio de Janeiro, o painel “Empreendedorismo e Nova Economia”, liderado por David Cook, diretor do DC Scotland deu algumas pistas.

O exercício proposto pela consultora de negócios do Cultural Enterprise Office da Escócia, Lynne O’Neill, de fazer a projeção do futuro serve como modelagem  de provas de como o negócio proposto pode dar certo. “Há uma internalização do que está por vir que é usado, inclusive, para a apresentação do projeto para futuros investidores”.

No escritório que ela trabalha, há o programa “Starter for 6” que contempla 50 projetos por ano com o que chamam de investimento-semente. “Trabalhamos refinando as empresas para que elas se estabeleçam no mercado”, conta a diretora, Debora Keogh. “O dinheiro é dado para sustentar os empreendedores até o negócio deslanchar”.

O “Starter for 6” é focado em micronegócios que, na visão de Debora, vão mudar a economia mundial no futuro. Aqui no Brasil, o Sebrae tem programas voltados tanto para micro como pequenas empresas com uma atuação bastante ampla: contribui para a criação de redes; na elaboração de planos de negócios; na organização de rodadas de negócios e na capacitação em processos de gestão. Os cursos são online e/ou presenciais , além de consultorias especializadas.

Entre os programas desenvolvidos para o Sebrae voltados para a economia criativa estão: ALI (Agentes Locais de Inovação ), por meio do qual os empreendedores  têm acompanhamento gratuito de um agente treinado em gestão e inovação que analisa e orienta os processos da empresa em busca de melhorias;  Sebraetec – Serviços em Inovação e Tecnologia – que é um instrumento que permite à micro e pequena empresa, de qualquer setor econômico, o acesso subsidiado a serviços em inovação e tecnologia, visando à melhoria de processos e produtos e/ou à introdução de inovações no seu empreendimento e, consequentemente, no mercado. Por meio do Sebraetec, o empresário tem apoio de até 80% do custo total do atendimento, limitados a 100h de consultoria por atendimento.

“É fundamental que o empreendedor entenda que atua em uma nova economia, cujas bases são a cultura, a tecnologia e a inovação. Também é importante que o empreendedor perceba sua atividade criativa como um negócio e que busque a formalização e profissionalização da gestão,” afirma Heliana Marinho, gerente da área de Economia Criativa do Sebrae/RJ.

Sara Pieters, dona da empresa Red Zezel, na Holanda, promove constantemente um longo estudo sobre as possibilidades de inovação e as mudanças que estão ocorrendo hoje no mundo. Na sua opinião, os fatores de sucesso de um empresa são: foco, visão no cliente, olhar inovador e um efetivo processo criativo. Ela implantou o a metodologia Forth que, em uma tradução livre, mapeia os 5 passos para tornar uma ideia em realidade: deixe amadurecer, observe o mercado, aumente o escopo, faça testes e celebre as conquistas. “ Temos de nos perguntar o tempo todo porquê queremos inovar, com quem, para quem e como podemos fazer isso”, ensina. “Uma questão importante é antever se a empresa terá fôlego para estar no mesmo segmento daqui dez anos dada a rapidez que os negócios estão mudando”.

Além do Sebrae, o empreendedor carioca pode contar também com a Rio-Negócios que funciona como uma ponte para empresas estangeiras que queiram investir no Rio de Janeiro e de empresas que buscam dinheiro para a sua expansão. Katie Pierozzie, gerente de negócios com foco no segmento Inovação e Tecnologiaexplicou que neste momento “todas as ações estão voltadas para a promocão do Rio como um distrito criativo tanto internamente como externamente”.

Uma das ferramentas disponíveis é o Mapa Digital onde todos os players , desde uma café Wi-Fi até as empresas de tecnologia, podem cadastrar suas informações nesta grande vitrine.

Então, para chegar as cenas descritas no começo deste post, basta aproveitar as oportunidades oferecidas e não deixar de acreditar na sua ideia.

 

LYNNE O’NEILL

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