Conteúdo criativo

Para muitos selecionados, este é uma estreia em concurso de ilustração. Os trabalhos, como assinalaram os curadores Speto e Graziela Peres tem uma qualidade bastante grande e muitos estão mais do que prontos para atuar como profissionais.

Aqui o depoimentos de alguns deles contando como conheceram o Movimento HotSpot, a expectativa para os festivais e as suas fontes de inspiração. Acompanhem:

Região Norte

Illustrations from outer space, por Fábio Vermelho, do Pará

Desenha desde criança. Na adoslescência, fazia histórias em quadrinhos. Começou com a ilustração em 2010 e nunca participou de nenhum concurso.

“Me interessei pelo hotspot porque era um concurso de âmbito nacional para “revelar jovens talentos” em diversas categorias.  Achei a ideia bem interessante. Se eu passasse, imaginei que ganharia uma boa visibilidade e poderia adquirir mais experiência.  Espero, na fase dos festivais, poder mostrar meu trabalho para quem ainda não o conhece e ver os trabalhos de outras pessoas. acredito que os festivais multiculturais serão uma ótima oportunidade para conhecer outros artistas e poder interagir com eles. O que me inspirou a criar esse projeto foram basicamente duas coisas: a arte tradicional e a ficção científica, a fantasia. Falando do primeiro aspecto, eu tenho a impressão de que hoje em dia a arte digital vem crescendo de tal forma que eu sinto que a arte tradicional (papel, lápis, nanquim) vem sendo meio deixada de lado. Não que eu não use o photoshop para pintar alguns de meus desenhos, mas o original em preto & branco é sempre feito com nanquim e papel. Outra: não vejo muita gente ao meu redor desenhar sobre aliens, robôs, seres fantásticos, ficção científica em geral. Esse é um tema que gosto há muito tempo e que sempre gosto de explorar em minhas ilustrações. “

Região Nordeste 

Ilusão Ilustrada, por João Lucas Nascimento Santos, da Bahia

Desenha desde a infância e começou a ilustrar seriamente a partir de 2010, influenciado pelos melhores artistas da área. O Movimento HotSpot é o primeiro concurso que participa.

“Me inscrevi no Movimento HotSpot, porque me senti a frente de uma oportunidade muito promissora, e que mesmo que não fique com o grande prêmio prometido ao vencedor, levaria na bagagem bastante conteúdo criativo. Espero mostrar com minha participação na etapa de festivais minha visão de mundo e como eu posso mostrá-lo através da arte que faço. O não convencional, o exagerado e o bonito foram os adjetivos componentes para criação das minhas ilustrações do projeto., Todas estas ilustras são cheias de fantasias e maluquices, tudo que eu vejo e transformo.”

 

Acaso, por Pedro Bezerra, de Pernambuco

Desenha desde pequeno, mas ilustrações começou a fazer no decorrer do curso de publicidade. Já enviou seus trabalhos duas vezes para o Illustrators Exhibition, na feira do livro infantil de Bolonha.

“Os motivos são vários. A proposta do movimento de buscar novas idéias não só ajuda na descoberta de novos talentos, como também dá aquele empurrão nos que andam desacreditados com o atual mercado criativo. Além disso, a participação no HotSpot é muito importante para fazer contatos e divulgar meu trabalho. Espero na etapa de festivais conhecer trabalhos em diversas áreas e ter a oportunidade de contribuir com novas ideias. A troca de experiências é algo inspirador. O que inspirou para desenhar meu trabalho foram os elementos e fenômenos naturais, como plantas, nuvens, animais, rios, ondas e outras formas que procuro detalhar criando deformações entre elas”

Região Sudeste

Etiquetismo, por Marina Rebouças Martins, de São Paulo

Começou a trabalhar com etiquetas como forma de ilustração quando estudava Desenho de Moda na Faculdade Santa Marcelina, em 2008. Participou dos concursos: “Les Cravates par Hermès”,  do site Designboom  e “Decade Draw Out”, da revista britânica Dazed & Confused .

“Quando vi, no programa da Lilian Pacce, o Paulo Borges falando do Movimento HotSpot e do objetivo de incentivar a criatividade dentro da diversidade brasileira, senti que tinha encontrado o espaço ideal para divulgar meus trabalhos. Estou muito satisfeita de poder fazer parte desta nova etapa do MHS e divulgar o meu trabalho nas dez capitais por onde ele vai passar. Espero ter a oportunidade de participar do “tanque de ideias” e chegar ao Grande Festival de São Paulo enriquecida com a troca de experiências com pessoas interessantes e criativas. Criar com o que estava disponível foi o que me fez começar o que denominei mais tarde de “Etiquetismo”. Como adoro material de papelaria já tinha em casa as tais etiquetas…Acabei criando uma assinatura gráfica marcante com as etiquetas de precificação e agora, com o Movimento HotSpot vejo a chance de usá-las para algo que faça alguma diferença no cenário urbano. Por exemplo: aplicá-las enormes em ambientes onde o concreto e o desenvolvimento financeiro sufocam a natureza.”

 

Monstros do Blues e do Jazz, por Márcio Goldzweig, do Rio de Janeiro

Ilustrador, atuando profissionalmente desde 1975, esta é a sua primeira participação em um concurso.

“ Conheci o MHS por indicação de um amigo. Me interessei pelo projeto, primeiro por participar junto com gente criativa de um movimento de artístico e segundo, pela oportunidade de divulgar meu trabalho.  Nos festivais, espero ver o cenário criativo em que meu trabalho se enquadra e conhecer os trabalhos dos profissionais selecionados.  Meu projeto vem da minha paixão por blues e jazz. Com meu trabalho de gravura e xilogravura, resolvi prestar homenagem a alguns músicos produzindo matrizes gravadas e impressas a mão.”

Região Sul

Busca, equilíbrio e muito trabalho, por Ricardo Trombini Pires, do Rio Grande do Sul

Começou a trabalhar profissionalmente, em 2008, após trabalhar vários anos como Designer Gráfico e Diretor de Arte em agências de publicidade e estúdios de design.  Participu de dois prêmios de Design Gráfico, sendo finalista em ambos e está é a primeira vez que participa de um concurso de ilustração.

“Me inscrevi no Movimento HotSpot, pois fiquei impressionado com a organização, estrutura e profissionalismo. Além disso, acredito que seja uma ótima oportunidade para divulgar o meu trabalho e conseguir apoio para seguir em frente com as minhas idéias. Espero, nesta fase dos festivais, poder apresentar da melhor maneira possível a idéia do meu projeto e um pouco do meu trabalho e trajetória. E ainda poder novamente pensar, evoluir e ajustar ainda mais a idéia do meu projeto. Minha inspiração para participar de um projeto como esse é a mesma inspiração que tenho quando acordo todos os dias. Acordo todos os dias pensando em fazer o que realmente eu gosto, no meu caso, trabalhar no meu ateliêr, desenhar, pintar, trocar informações e experiências com pessoas de outras áreas. Sendo mais específico em relação ao projeto, na minha opinião, essa troca de experiências que o Movimento Hotspot está proporcionando é algo muito válido, principalmente para pessoas que estão começando e poderão ouvir e conversar com outros profissionais já mais experientes.”

 

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