“Com ela, você pode fazer o que sua imaginação mandar”, resume Rodrigo Krug, 26 anos, fundador da Cliever que produz impressora 3D. E foi sua imaginação que fez montar a empresa e começar fazer algo que há poucos anos era inimaginável.
Tudo começou na infância, frequentando a marcenaria do pai, Rodrigo tentava buscar uma outra solução para dar forma e construir objetos. Em 2005, pensava que ao invés de cortar a madeira, martela, esculpir, isso tudo não pudesse ser feito de maneira cíclica e precisa. Participando de uma feira, conheceu a tecnologia, chamada “Fresadoras CNC”, que basicamente é um equipamento que molda um bloco de algum tipo de material até chegar em sua forma. Decidiu montar uma como trabalho de conclusão de seu curso técnico. A partir dela, desenvolveu outras variações. “Depois desta experiência, queria fazer algo que proporcionasse as pessoas essa sensação de ser um “professor pardal” e vi na tecnologia de impressão 3D aditiva o que precisava para isso”, conta Rodrigo.
Em 2009, percebeu a oportunidade do mercado que já estava engatinhando no exterior e resolveu criar uma máquina Made in Brazil. No ano seguinte, entreou com um projeto na Incubadora RAIAR da PUCRS em uma fase conhecida como Pré-incubação. “Na verdade, é um estagio onde a empresa se dedica a desenvolver seu negócio antes de entrar no mercado. Resumindo, foi o momento onde montei um plano de negócios estudei muito o mercado, e desenhei o modelo de negócios da empresa. Acredito que este período foi fundamental para o sucesso da empresa, pois lá pude testar meu mercado, mudar meu produto, entender meu cliente antes de ter custos elevados. Isso te dá segurança e certeza de que está no caminho certo”, explica o empreendedor.
Neste período foram feitos mais de 10 protótipos até chegar na forma atual, inclusive um de madeira, lembrando dos ensinamentos do pai. Já, em 2011, foi convidado para mostrar a impressora na Campus Party de 2011 e a partir desse ponto a empresa começou a decolar “ Ali estávamos dando nossa cara ao tapa para todo Brasil, percebemos que o mercado que tínhamos entrado era bem maior do que o projetado!! Em nosso primeiro plano de negócios planejamos vender de 2 a 3 unidades por mês. Hoje temos uma previsão mensal de mais de 30 máquinas”, relembra.
Antes ainda de andar com suas próprias pernas, passou dois anos incubado no TecnoPuc. “Tem aquele velho ditado, “uma andorinha não faz verão”, para meu negócio a parceria com a incubadora foi fundamental, pois pessoalmente não tinha nenhum conhecimento sobre como funcionava uma empresa”, afirma Rodrigo. “Além das incubadoras, existem várias outras formas de tomar o ambiente favorável para o crescimento, como aceleradoras, co-working’s, espaços de empreendedorismo no final das contas , o que vale mesmo é poder conversar com pessoas que já passaram pelos mesmos problemas e podem te ajudar a evita-los.”
O produto que está atualmente disponível no mercado custa R$ 4,650,00. O primeiro lote de impressoras 3D prontas para uso está esgotado, com encomendas realizadas até o final de 2012. A pequena empresa, fundada em Porto Alegre, conta hoje com uma equipe de cinco pessoas. Seus principais clientes são empresas de pequeno e médio porte.
A fabricação de peças com esse tipo de impressora é considerada muito simples e dinâmica. O desenho do projeto é feito em um software 3D e salvo no formato adequado no computador. Em seguida, a impressora que possui um software de leitura, reconhece o projeto e começa a imprimi-lo. Um filamento de ABS, um tipo de plástico, é aquecido a altas temperaturas por um bico injetor e, depois de derretido, o material é depositado em camadas pela máquina, formando assim as peças.
“Desenvolver o equipamento foi bastante fácil, pois bastou compilar mais de 7 anos de desenvolvimento de máquinas na forma da impressora”, conta o inventor. “O grande desafio foi torna-la acessível, confiável e de fácil utilização, isso nos deu muiiiito trabalho. Uma coisa é um projeto, outra bem diferente é um produto!”
Tudo isso será tema de uma bate-papo amanhã, a partir das 14h45, na Casa de Cultura Mário Quintana , como parte da programação do Festival MHS. Lá, Rodrigo vai contar sua experiência e o seu aprendizado como empreendedor: “Empreender é demais!! Acredito que não existe idade para empreender, pois empreender não é simplesmente abrir um negocio, uma empresa, fazer um produto, empreender é uma atitude, esta que pode ser exercida em qualquer atividade da vida, tomo isso como premissa para contratar pessoas para trabalhar em nossa empresa, as pessoas precisam ser pró ativas, interessadas, inquietas, isso é fundamental, antes mesmo das habilidades técnicas.”
E para quem pensa em aventurar-se, ele deixa algumas dicas: “Converse muito, troque experiências, sempre tem alguém que já passou por um problema parecido ou tem o conhecimento para te ajudar. Costumo comparar o empreendedorismo com viagens, onde você esté em um território desconhecido com um idioma diferente, a única forma para se localizar é estudar o local e comunicar-se com os outros.”
Dia 26 de abril
MHS no Gasômetro – Av. Presidente João Goulart, 551, Centro;
– 19hs – abertura Local: Gasômetro;
– 19h às 22h – Intervenção Urbana – VJ Suave / Projeções Suaveciclo em volta da Usina do Gasômetro;
– 20h – show Wannabe Jalva
Dia 27 de abril
MHS no Gasômetro – – Av. Presidente João Goulart, 551, Centro;
– 11h00 – 13h00 – Oficina Grafite, Ilustração: Intersecções com Cusco e Ygor Marotta, sequência com oficina de grafite
– 14h30 – 16h15 – Roda de conversa : Ocupação do Espaço Público com Marcelo Rosenbaum (case AGT) + Heloisa Medeiros (Coletivo RUA) + Representante Vila Flores + Domicio Grillo (Fora do Eixo);
– 15h30 – 17h30 – Roda de conversa Música: Circulação, Distribuição e Alternativas de Financiamento, com Ney Hugo (Fora do Eixo) + José Flávio Junior;
– 16h15 – 17h – Oficina Marcelo Rosenbaum
– 17h30 – 21h – Apresentações bandas MHS (Gustavo Cabeza, Les Savons Superfins, Watch Out For The Hounds e Giancarlo Rufatto);
Intervenção Urbana
– 17h45 – 20h – VJ Suave/ Suavecclo – Bicicletada do Pedalegre. Grupo segue em direção à Ipanema / Zona Sul;
– 21h – VJ Suave/Suaveciclo – Projeções na Cidade Baixa/Bom Fim (local boêmio da cidade);
MHS na Casa de Cultura Mário Quintana – Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico
– 10h – 13h30 – banca com candidatos | Local: Casa de Cultura Mário Quintana – Sala C2 – 5 idéias;
– 14h45 às 16h15 – Roda de Conversa com Rodrigo Krug da Cliever – Criador da primeira empresa brasileira a fabricar e comercializar impressoras 3D com tecnologia própria. | Sala: A2B2;
– 15h – 18h30 – banca com candidatos | Local: Casa de Cultura Mário Quintana – Sala: C2 – * 6 idéias;
28 de abril
MHS no Gasômetro – – Av. Presidente João Goulart, 551, Centro;
– 14h – Shows bandas MHS ( Dingo Bells, Musadiversa, Radio Gump);
– 17h – Show de Encerramento com a banda Bidê ou Balde;
– 18h – VJ Suave/ Suaveciclo – Projeções durante o show do Bidê ou Balde, na Usina do Gasômetro.