Luiz Carlos Ripper foi um dos grandes nomes da cenografia brasileira dos anos 70, ao lado de Helio Eichbauer e Marcos Flaksman, ambos ainda em plena atividade. Falecido aos 53 anos, em 1996, ele estaria completando 70 anos em 2013. Aproveitando a data redonda, o Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, montou a exposição “A Mão Livre de Luiz Carlos Ripper”.
A retrospectiva reúne cerca de 200 registros do cenógrafo, figurinista, diretor de arte, encenador teatral e educador. São desenhos, croquis e escritos, entre originais e impressos ou projetados. Também fazem parte da exposição a recomposição, em maquetes, de alguns cenários de peças consideradas emblemáticas da década de 70, como Hoje é Dia de Rock e Avatar.
Segundo a curadora Lidia Kosovski, cenógrafa e professora doutora da UNIRIO, “Ripper foi um artista experimentador. Profundamente interessado na pesquisa de materiais e sistemas construtivos para a realização cenográfica, reinventou espaços e desconstruiu padrões estéticos vigentes na cena teatral, em nome de uma arte que respondesse às distensões político-culturais no Brasil e no mundo, a partir da década de 1960. Sua intensa busca por uma visualidade brasileira, aproximava-o das nossas raízes culturais negras e indígenas, sobretudo em seus trabalhos no cinema”,
O artista assinou, como pesquisador de arte, cenógrafo e ou figurinista os filmes “Como era gostoso o meu francês”, “Azyllo muito louco”, “El justicero”, “Fome de amor”, de Nelson Pereira dos Santos; “Xica da Silva”, “Os herdeiros” e “Quilombo”, de Cacá Diegues; “Pindorama”, de Arnaldo Jabor; “São Bernardo”, de Leon Hirszman; “Cara a cara”, de Julio Bressane; “Brasil ano 2000″, de Walter Lima Jr.; “Capitu”, de Paulo César Saraceni, entre outros.
Serviço:
“A Mão Livre de Luiz Carlos Ripper”
Abertura: 13 de março, às 19h
Visitação: até 21 de abril de 2013 – terça a domingo 12h às 19h – GRÁTIS
Local: Centro Cultural Correios (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro 2253-1580)