Conexão. Está é a palavra-chave que que move os projetos Conexão Cultural, Movimento HotSpot e Fora do Eixo. Os três modelos foram apresentados na palestra “Creative Economy THINK TANK – What Drives You?” como parte da programação do Global Entrepreneurship Congress que aconteceu no Rio de Janeiro.
O propósito do Conexão Cultural é conectar pessoas, artistas e lugares públicos. Paola Caiuby Santiago, criadora do projeto junto com Manuela Colombo, contou que a ideia nasceu ao notar a falta de integração entre a população e sua cidade e também a necessidade de um artista fazer sucesso fora do País para ser reconhecido por aqui. Ela trouxe um dado que mostra essa dicotomia: 70% dos brasileiros nunca foram ao museu. Por outro lado, os brasileiros são a segunda nacionalidade que mais visita o Museu do Louvre, em Paris. Para sanar esse gap, a dupla criou Conexão Cultural Itinerante. Em São Paulo, já foram feitas três edições no Museu de Imagem e Som. Neste ano, o público compareceu em massa atigindo 4000 mil participantes. Além disso, promovem o Passeio Conexão, tour pelos principais locais de grafitti de São Paulo e atualizam o blog com entrevistas, documentários e informações de artistas de diversas áreas como artes visuais, música, gastronomia, moda, circo, literatura, fotografia, cinema e dança.
Ana Cecília Springefeldt, diretora de relacionamento e gestão da Luminosidade, explicou todas as etapas do Movimento HotSpot e a fase que entrou agora com a realização dos festivais em 10 capitais do País. Ela lembrou que o site já recebeu quase um milhão de pageviews e qua os candidatos tem a oportunidade de mostrar seu trabalho para a rede. “ Queremos buscar talentos, ideias que podem virar negócio”, comentou Ana. “Nosso objetivo é conectar pessoas nesta e já na segunda edição que acontece em 2014. Vamos acompanhar esses criadores com coaching e funcionando como investidores anjos”. Citando uma pesquisa da Firjan sobre economia criativa, a diretora ressalta a importância da economia criativa para o Brasil. São 243 mil empresas gerando 110 bilhões de renda que representa 2% do PIB nacional.
O conceito de cocriação, de colaboração e de coworking são exercidos exponencialmente no circuito Fora do Eixo. O projeto é uma grande rede na qual as pessoas criam, trocam serviços, participam e exercem uma economia informal com uma moeda social própria. E tudo isso nasceu em 2005, na cidade de Cuiabá, no Mato Grosso, quando um grupo de músicos e estudantes de comunicação se juntou para poder promever a sua arte. “A cada dificuldade que surgiu, se buscava uma solução criativa”, comentou a militante cultural Carol Tokuyo.”Acredito que este é o DNA que acabou se dizimando e contaminando outros grupos e redes no Brasil e no mundo.” Ela conta que no início quando não tinham espaço para ensaiar, criaram um estúdio. Depois, veio a vontade de se apresentar e inventaram eventos e festivais – o Calando é o mais conhecido. Precisavam de material de divulgação, surgiu uma empresa de comunicação e por fim, a troca de serviços por meio de “cards”. A moeda hoje é aceita hoje em 2800 parceiros do programa que conta ainda com 2000 agentes distribuídos em 30 países. “É tão importante essa troca que percebemos que para fazer qualquer coisa, precisamos apenas de 15% de dinheiro vivo, de Real. O resto conseguimos na rede mesmo”, afirmou Carol.
A palestra foi promovida pelo ProjectHub e fez parte do GEC 2013. Conhecido como a “Copa do Empreendedorismo”, o Global Entrepreneurship Congress reuniu as principais autoridades mundiais nesta área com o objetivo de criar e identificar oportunidades a partir da troca de experiências, da apresentação de pesquisas consistentes e da discussão de práticas bem sucedidas. Além da programação oficial, contou com uma programação paralela com encontros, palestras, competições, oficinas e eventos de networking .