Boi Marinho na Festa de Abrição de Seu Estrelo. Crédito: Jean Carvalho
Foi pelas mãos dos tios que Jean Marconi Carvalho descobriu as festas folclóricas brasileiras. O tio Joaquim era mestre da Folia do Divino na cidade de Crixás, em Goiânia. A tia Ana Carvalho sempre incentivava este tipo de manifestação. No Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, o jovem se redescobriu e descobriu sua vocação: contar ao mundo sobre esse Brasil.
No projeto que inscreveu no Movimento HotSpot, “Memórias dos Festejos”, sua intenção é fotografar eventos de cultura popular tradicional do norte/nordeste goiano e mineiro como Encontro de Culturas do Memorial Serra da Mesa, da 2ª Edição do Encontro de Cultura Negra Kalunga e das Pastorinhas de Ibiracatu. E o trabalho já começou e está circulando no Flickr. Para os planos futuros, pretende expandir as fotos para outras plataformas, à exemplo do livro digital “Khoya”, na qual o leitor interage com o livro.
Seu papel é muito claro e, no contexto do MHS, Marconi acredita que seus registros possam fazer com que as pessoas, principalmente os jovens, conheçam mais sobre os “Brasis” que existem dentro do Brasil. “A cultura popular, de raiz, representa o âmago, a alma de um povo. Mesmo tendo herança de outros povos, ela é única; mesmo tendo o mesmo nome em várias regiões, ainda assim são diferentes entre si”, relata.” O povo precisa redescobrir, conhecer, relembrar, não ter vergonha de suas origens, saber valorizar e preservar. Um povo sem cultura é um povo sem história, e um povo sem história não existe em si mesmo.”