Plástico se transforma em arte

“Trabalho em coisas de uso diário e tento transformá-las em arte. Às vezes, elas se tornam arte, outras não. Trabalho com essa ambiguidade.” Essa é a definição dada por Choi Jeong Hwa no The Creators Project pelo seu trabalho feito com plástico reciclável.

O artista coreano que participou da Bienal de São Paulo no início de sua carreira em 1998, tem encantado o mundo com suas instalações feitas com baldes, tupperwares, garrafas, flores e tudo mais que aparecer pela frente.

“O plástico não se decompõe. Mesmo quando é velho, parece novo e é reciclável. É por isso que chamo o plástico de meu mestre. Tente mostrar aos outros o que aprendi com ele”, conta Choi.

Ele é daqueles artistas que atua em muitas frentes como arte, design gráfico, design industrial, arquitetura e vídeo. Em 2009, durante a Olimpíada de Design de Seul, ele cobriu o estádio olímpico com o lixo jogado fora por 10 milhões de pessoas. Os números impressionam:  foram 488 caminhões basculantes para transportar o material, 40 dias para a construcão, 1.763.360 pedaços de plástico para pendurar e 3.600 pessoas na equipe de produção.

“ O objetivo era mostrar a diferença entre arte e lixo e fazer as perguntas: o que faz nos sentir a emoção? Quem vai decidir o que é arte ou não? Depois, desta experiência, estou fazendo isso em todo o mundo. E gosto de fazer isso fora dos museus”, relata o artista.

Choi exagera nas dimensões de suas artes e a flor de lótus é uma de suas marcas registrdas. Sua mais recente escultura desta série mede 7,31 metros de altura e foi exposta em maio Civic Center Plaza, em frente à prefeitura de São Francisco, na Califórnia (EUA), durante a Semana de Arte Contemporânea na Ásia.

Suas instalações são coloridas, alegres, divertidas, e, por paradoxal que possa parecer, Choi Jeong Hwa transforma objetos de plástico em obras de arte usando a  aparência artitificial de objetos em uma homenagem a beleza da natureza.

 

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