Precursor do rap

Um dos maiores expoentes do hip-hop brasileiro, Sabotage, foi assassinado há 10 anos. Para marcar a data, será lançado até abril seu segundo CD de inéditas, finalizado um pouco antes de sua morte.

O seu primeiro trabalho “Rap é compromisso”, foi considerado pelos críticos como precursor ao misturar rap com outros gêneros, como rock e samba. O novo álbum, “Canão é tão bão”, produzido por Daniel Ganjaman e Tejo Damasceno, tem a participação de Titãs, Sepultura, Rappin’ Hood, Racionais MC’s, Sabotinha e Tamires ( esses dois últimos filhos do cantor).

A vida do artista e sua atuação no filme e na trilha sonora de “O invasor”, de Beto Brant e a participação como Fuinha no longa “Carandiru”, de Hector Babenco também serão lembrados em um filme e um documentário.

A biografia oficial, ainda sem título, está sendo escrita por Toni C, autor de “O hip-hop está morto” (LiteraRua). Em suas pesquisas, ele vai esclarecer a ligação do artista com o tráfico de drogas, suposta causa de sua morte.

Já o documentário “O maestro do Canão”, usou de animação para contar a infância do rapper na periferia de São Paulo, o assassinato de seu irmão, o período de envolvimento com o crime, seu casamento e sua breve e intensa carreira. O diretor Ivan Vale Ferreira também usou imagens inéditas de arquivo e depoimentos de Mano Brown, Rappin’ Hood, Thaíde, Paulo Miklos, Hector Babenco e Beto Brant, entre outros.

O filme deve estrear em festivais no segundo semestre deste ano. Ainda em abril, quando Sabotage completaria 40 anos, acontecerá um festival de hip-hop em homenagem ao artista com shows, apresentações de DJs e campeonato de grafite, em local ainda a ser definido .

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