Cristian Resende fala da importância de se relacionar. Crédito: Thiago Monteiro
Dentro do convênio do IN-MOD e do Sebrae com o intuito de desenvolver ações onde prática e teoria se encontram, nesta terça-feira , cerca de 50 empresários e gestores da entidade, fizeram uma visita ao Cartel 011 e a Galeria Melissa, em São Paulo, na qual puderem perceber oportunidades de negócios e a importância de uma bom posicionamento de marca.
A Cartel 011 abriga no mesmo espaço galeria, loja, salão de beleza, restaurante e sala de co-working. Atualmente, se tornou uma experiência para o consumidor e uma referência nos roteiros turísticos da capital paulistana. Idealizador e sócio, Cristian Resende, frisou que o mais importante do seu projeto foi a ousadia e a inovação. “Primeiro, criamos um público com exposições e eventos”, conta. “Depois, transformamos esse público em consumidores. Criamos algo novo, fugindo de qualquer amarração ou rótulo”.
Após a palestra, empreendedores visitaram o Cartel 011 – Crédito: Thiago Monteiro
É exatamente essa forma de nicho que Juliana Borges, gestora do convênio “Contextualizar a Moda”, do Sebrae Nacional, quer que os micros e pequenos empresários entendam. O projeto visa mostrar os dois caminhos possíveis para empreender em moda: o de apostar em sua marca, entendendo o seu conceito, aprimorando seu produto e buscando formas de distribuição ou fornecer para marcas próprias incluindo os grandes magazines. Esta segunda opção sofreu uma mudança radical no relacionamento marca-fornecedor. O que existe, nos dias de hoje, é uma parceria na qual quem produz também cria e agrega valor para a marca produzida.
“O que queremos com esse tipo de visita é mostrar que há várias formas de fazer e de ter sucesso no mundo da moda. Queremos plantar sementes que vão germinar e ajudar cada empresário escolher melhor qual trajetória seguir”, comenta a gestora. “Nosso principal objetivo é mostrar cases de sucesso e estreitar relacionamentos”.
Aliás, essa é a palavra mágica tanto para o Cartel 011 como para a Melissa. “A base de um bom negócio é saber se relacionar”, comenta Resende. “A maior parte das nossas parcerias chegaram aqui via marketing e não comercial”. Para a Melissa, esse encontro é feito com os estilistas que são convidados para lançar modelos exclusivos para a marca. “A cada coleção, temos um produto novo, com um frescor diferente. No final é sempre a nossa Melissa, mas que ganha um cara diferente a cada seis meses”, diz o surpevisor Fernando Serrudo. Essa diversidade acaba atraindo pessoas o tempo todo para a loja da rua Oscar Freire. Por lá, também rolam shows, desfiles, perfomances, exposições e até sessões de cinema.
Conhecer produtos e posicionamento de marcas com a Melissa foram uns dos objetivos da visita. Crédito: Thiago Monteiro
“Fiquei muito feliz em participar destas visitas”, afirma a empresária Laura Pereira que também está expondo sua linha de produtos para viagem na Pop Up, na SPFW. “Considero um complemento. Um é um evento voltado para a moda. Aqui, estamos vendo a moda voltada para fora, para no mercado.” Laura tem usado os ensinamentos do Sebrae para dar ainda mais foco a sua marca que nasceu de uma necessidade pessoal pois ela viajava muito e sempre se perdia com a organização de malas, passagens, necessaries.”Meus produtos são todos muito funcionais, ao mesmo tempo super customizados e de alta qualidade porque costuro um por um”.
A customização também faz parte do trabalho de Égly Lopes que largou a carreira de publicitária para se dedicar a sua marca Estilando. A designer é uma heavy users dos cursos do Sebrae. Fez o de consultoria financeira, marketing, o workshop “Aprendendo a aprender têxtil e confecção”, entre outros. Tudo isso fez com que ela entendesse melhor seu público alvo e focar em uma mulher que não é fashionista, mas entende de moda. “Os ensinamentos me tiraram do olho do furacão e me ajudar a colocar o meu negócio no trilho”, conta a estilista. “ Como uma empreendedora individual, ficou mais fácil gerenciar tudo sem burocracia”.
Juliana afirma que o Sebrae não faz nenhuma distinção entre o emprendedor individual, o micro e o pequeno. “Não segmentamos nenhum deles. Para nós, são todos futuros grandes empresários”, sentencia. “O que queremos é que eles se inspirem nos exemplos que vimos hoje e siga em frente”.
“É muito gostoso poder difundir nossa experiência e servir de inspiração para novos talentos”, afirma Serrudo. “Quando recebo grupos assim, percebo que fiz a coisa certa e tenho uma ponta de orgulho proque criei algo novo e diferenciando sem medo de ousar”.