Toda a vez que o público entra em uma sala de desfile do SPFW ou do Fashion Rio, minutos antes de começar um desfile, é surpreendido por um vinheta de abertura com o nome da marca e os patrocinadores. Há mais de 12 anos em São Paulo e 3 anos aqui no Rio, quem produz essa pequena obra de arte é Richard Luiz, da Protótipo Filmes. Nesta pequena entrevista, ele conta como funciona o processo de criação e como vê o novo formato do MHS.
MHS: Como é o processo de criação das vinhetas de abertura do SPFW e do Fashion Rio? Há um processo de brainstorm em cima do tema? Quanto tempo demora para elaborá-las?
Richard: Comeco a criacão de uma vinheta assim que recebo o tema do evento. Paulo Borges e sua equipe me contam tudo o que imaginam e me apresentam a comunicação visual do evento. Apresento uma primeira ideia no formato “concept” , um layout visual. Deste momento até a primeira apresentação de aprovação, tenho em média 2 meses de produção. Dependendo da vinheta leva mais tempo.
MHS: Há quantos anos faz esse trabalho? Qual delas gostou mais de fazer?
Richard: São 12 anos de vinhetas para o SPFW e 3 anos para o Fashion Rio. Gosto de muitas, mas destaco a vinheta Ande+ , plante e desaqueça. Foi feita toda em desenho animado com trilha da Liana Padilha. A vinheta “Japão” , toda gravada em Tóquio durante um editorial do Daniel Ueda e André Passos para revista Mag! .
MHS: Você participou também da edição anterior do HotSpot. O que acha desta ampliação para outras categorias que englobam hoje o MHS?
Richard: Oportunidade. Isso é muito importante para o mercado de moda. Existem muitos talentos escondidos pelo Brasil e moda precisa de renovação sempre.
MHS: Uma das categorias do MHS é flime/vídeo. Quais as características que deve ter um jovem que quer se tornar um profissional desta área?
Richard:Estudar sobre cinema e TV, pesquisar sobre as novas tecnologias e, principalmente, paixão pela área. Passar pela experiência de varias áreas como arte, fotografia, produção, ajuda muito na formação. Um diretor precisa conhecer um pouco de tudo.
MHS: Como dividir seu trabalho em jobs mais comerciais e artísticos? O que difere um do outro no seu processo de criação?
Richard: Como meu modelo de trabalho tem como base o processo criativo e execução, um “atelier de imagens” voltado para moda e comportamento e tendo a vitrine dos trabalhos no SPFW e Fashion Rio, o cliente já conhece um pouco da minha linha de trabalho. Gosto de conversar bastante com os departamentos de marketing das empresas e entender a necessidade e trazer sugestões e maneiras de apresentar seu produto. Em equipe, fica mais fácil produzir e entregar um bom produto final.